Hão de existir sempre portas e janelas por onde não se pode passar. Estão lá os caminhos e as ditas cujas cerradas como que a vácuo.

Daí o protagonismo das frestas. Tão imperceptíveis, porém capazes de verter ou sorver a um prazo considerável. Quando chovemos, é por onde passam todas as gotículas de qualquer coisa.

É o espaço providencial entre os dedos, são os poros, é a alma. Essa, estive a tentar costurar os cantos para que não sobrassem pontas soltas e espacinhos. Em vão.

Estiveram a me afrouxar os pontos da alma e as frestas ficaram expostas. Fui chovendo, vertendo, sorvendo e sorvida. Tentei relutar, reamarrar, encerrar, reagir. Em vão.

Agora sei que por entre todas as frestas há sempre uma festa. Vou chuviscando, transbordando, absorvendo e absorvida. Então.



A Rachel, Sheyla, Lu, Aline, Bárbara e Santini

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One Response so far.

  1. nossa explêndido Naruna!
    agora sim vi sua maestria...Negra Teresina
    q linda q tu és !
    e que belas palavras vindo da tua beleza de olhar!

    ganhei o dia!
    e ganhei um anjo!

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