No último dia 26, conheci a saudade.

Ela que tão distante parecia, tão alheia, queria agora ficar-me por baixo da pele.

Tentei negar-lhe a intimidade. Não sou muito dada à aproximação com estranhos.

Ali mesmo, no aeroporto, dei-lhe as costas. Ordenei que não me seguisse até o ponto de ônibus.

Sentiu-se ultrajada. A perversa cravou-me as unhas no peito e então compreendi porque as trazia tão compridas. Arrastou-me até em casa e colocou-me no colo aquela noite para que chorasse todas as outras em sua companhia que ainda estão por vir.

Categories:

Leave a Reply