Assim que despediram-se e saíram aos sorrisos pelo corredor, sentiu-se sozinha como nunca antes. Era um dia cinza no meio de setembro e uns nacos de vento frio a faziam estremecer. Pisava o chão gelado com os pés nus até a cozinha. Não se lembrava de dia tão escuro como aquele. Era tempo ou pensamento?

Começou a chover fino e a chuviscar lembranças dos últimos dias. Resolvera despir-se daquela roupa apertada chamada pele e sair de alma a céu aberto. Não lhe disseram que era perigoso. Esteve assim nas rodas e amou infinitamente outras almas aquela noite. Fez-se toda alegria por dúzias de horas que não saberia contabilizar, por fim.

Porém já era dia. Ali perto varriam as calçadas e cascos de conversas rolavam pelo asfalto iluminado. Assim em luz, todos pareciam bem mais tristes. As roupas de maquiagem borrada, as caras amarrotadas.

Era tão mesmo chuvisco, mas já estava encharcada. Verteu pelos azulejos da área de serviço observando a vida lá fora.

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  1. Amei. Sem mais comentários.

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