Desde que o mar é mundo,
as linhas saltam das pessoas e da pele.
As linhas são as pessoas e a pele.
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O mar estava penteando os cabelos.
Os fios molhados batiam na cintura da pedra
e rearrumavam-se em ondas.
Curiosamente, eram ondas lisas e
ondas encaracoladas ao mesmo tempo.
Do Joá eu vi, o mar penteando os cabelos
com um pente de dentes largos
chamado vento.
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Descaminho desmundo descalço descrente.
Decrescente nascente rotundo.
Redondo rendado calado modesto.
Contido sorrindo ferido miúdo.
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Portais e portinholas, ventanias e ventarolas, ruelas e rebuliços.
Vira à direita com o vento e siga na diagonal para onde vai ou de onde vem.
Penso que talvez precise parar mais adiante para retormar o fôlego de ser.
Ando a oferecer a mão na rua para que leiam e recusam-me. Dizem-me que há mais em meus olhos, há mais em meus poros.
Não. Mal sabem. Há menos. Há pouco.
Penso que talvez precise parar mais adiante para retomar o fôlego de estar.
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O zíper do meu pensamento favorito rompeu neste domingo.
Pela janela, saíram todos os despensamentos em hiatos,
a forçar entrada em outras cabeças,
a pedir licença a mentes ocupadas.
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